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Por uma passagem de uma grande dor

Por uma passagem de uma grande dor

E existe ainda uma grande dor na saudade, pois esta é aquela passagem de lembranças de momentos felizes. É, isso eu fui muito, FELIZ. A passagem dessa grande dor é um marco na vida de muitas pessoas, mas agora vejo o quanto ele me cativou, sim, isso eu vejo muito bem, pois esta marca, esse axioma cravado em mim dito “amigo” é uma das maiores verdades que tenho na vida. E eu sentirei falta, mesmo que seja por poucas coisas de ti, sentirei falta com a maior felicidade do mundo, e assim, logo após de o coração bater umas trocentas vezes saberei que estou vivo, que poderei dar os meus passos, assim dito por você um dia, ainda meio que com um sorriso no rosto, escondendo os grandes sacrifícios que teve que cometer.

E se mesmo assim continuares a me corresponder com carinho, com aquele olhar maroto de homem já feito, dizendo por vaidade ou por ironia que só tem 18 anos de idade de puro desfrute e descoberta eu lhe devolverei na mesma moeda, em dobro lhe devolverei tudo o que me passas e eu sei que só são alegrias e afagos. Quem sabe um dia poderá jogar uma pelada no campo seco e marrom atrás daquela casa velha e vermelha em que um dia sonhou  morar com a dona de seu coração, e pensou em filhos, na verdade em um monte deles, mas ao final só se contentou com um e pra ele foi entregue todo o amor do mundo, sem repudio, sem pensar duas vezes. Como é amor, só foi se instalar em outro, pois amor pra fora não funciona, vira borboleta a quanto pensar, e essas borboletas se instalam no seu cabelo quando você menos pensa e então te provocam aquela ânsia de tirar de dentro todas as palavras do mundo e jogá-las em cima de ti. E crescemos bem, com muito ainda de nós a serem descobertos, pois isto e aquilo que tenho a ser descoberto (e você também possui esta certeza) é muito maior do que eu. Então, como poderei deixá-lo enquanto me pede dia-a-pós-dia para sair? Eu me pergunto isso todas as noites o porquê de dormirmos, sonharmos, gritarmos por amores que você sabe, tem sempre a hora certa de chegar,  e chegam, sempre chegam, mais velozes, mais furiosos assim como o título de um filme besta, mas que mostra irmãos comuns a nós, pobres coitados que correm sem confiar no outro, sem acreditar que a morte tem feições de morte e não de estrada. E eu amo, amei. É, acho que isso é uma das poucas combinações entre a alma e o coração.


Gustavo N. de Lemos