Um dia vou saber escrever. Um dia vou saber.
Um dia vou saber ter fé. Um dia vou saber.
Por enquanto esse é o caminho, saiba que o caminho não é de tijolos de ouro, é de barro mesmo. O caminho que sigo é terra batida e isso não me trás vergonha, pois é nessa terra vermelha encarnada que criei minhas raízes, fruto que é bom, nada. Eu, árvore, ainda não fui capaz de produzir. Quem sabe, se até o final dessa história os meus galhos não ganham folhas, depois flores, se enchem de borboletas, depois frutifico, você vem e me saboreia? Esse é o começo, sem descaso, pois sei que as borboletas levarão minha essência em suas asas até o infinito. É de lá para além.
Gustavo N. de Lemos